A semana se inicia com oscilações no mercado de milho, refletindo diretamente nos preços futuros negociados na Bolsa Brasileira (B3). No cenário doméstico, as cotações flutuaram entre R$ 63,58 e R$ 64,68 por volta das 10h14 (horário de Brasília) desta segunda-feira, 29.
Ao analisar os vencimentos, observamos que o contrato para março de 2024 era cotado a R$ 64,68, registrando uma queda de 1,15%. Da mesma forma, os contratos para maio/24, julho/24 e setembro/24 apresentaram desvalorizações de 1,18%, 0,85%, e 0,89%, respectivamente, evidenciando a volatilidade do mercado.
Étore Baroni, Consultor de Gerenciamento de Risco da StoneX, destaca que fatores internacionais exercem pressão sobre o mercado brasileiro de milho, influenciando as cotações. A produção significativa nos Estados Unidos e a retomada da produção de milho na Argentina nesta safra são apontadas como elementos que compensam eventuais perdas no Brasil. Baroni ressalta que esses fatores impactam os preços internacionais e afetam negativamente a paridade de exportação brasileira, elemento crucial na determinação das cotações internas.
No cenário internacional, na Bolsa de Chicago (CBOT), os preços do milho futuro também experimentaram movimentos negativos. Por volta das 10h05 (horário de Brasília), o contrato para março/24 era cotado a US$ 4,43, com uma desvalorização de 2,75 pontos. As cotações para maio/24, julho/24 e setembro/24 apresentaram perdas de 2,75 pontos, 2,50 pontos e 2,25 pontos, respectivamente.
Segundo informações do site Successful Farming, os contratos do milho futuro em Chicago acompanharam as baixas de soja e trigo nos negócios da madrugada. O analista Tony Dreibus destaca que os futuros de trigo caíram devido às fortes chuvas em áreas dos Estados Unidos onde as variedades de inverno são cultivadas, além de sinais de fraca demanda. A soja também enfrentou desvalorizações durante a noite, influenciada pela fraca demanda pelos suprimentos dos EUA.
O atual cenário do mercado de milho revela desafios e complexidades, conectando-se a fatores globais que moldam as tendências e influenciam diretamente a economia agrícola brasileira. As decisões estratégicas dos produtores, aliadas à compreensão das dinâmicas internacionais, tornam-se cruciais para navegar com sucesso nesse ambiente volátil e em constante evolução.