Fatores Fiscais e Taxas nos EUA Impulsionam Dólar para R$ 5, Mas Moeda Reverte para Queda com Realização de Lucros

Fatores Fiscais e Taxas nos EUA Impulsionam Dólar para R$ 5, Mas Moeda Reverte para Queda com Realização de Lucros

dolar 5 reais

O dólar mostrou fragilidade e experimentou um declínio na manhã desta terça-feira, 23, devido a uma realização de lucros, após ter iniciado o pregão em alta no mercado à vista. Esse movimento se deu em sequência aos ganhos observados na segunda-feira (+1,23%) e ao longo do mês de janeiro (+2,76%). A moeda dos Estados Unidos atingiu um novo patamar mínimo, sendo negociada a R$ 4,9775 (-0,20%), em contraste com o pico de R$ 5,002 (+0,29%) registrado após a abertura.

A desvalorização no mercado de câmbio foi limitada pelo fortalecimento do dólar em comparação com outras moedas concorrentes, bem como diversas moedas emergentes e associadas a commodities, como o peso mexicano e o peso chileno. Esse quadro foi influenciado pelo aumento das taxas de juros de longo prazo dos Treasuries nesta manhã.

A resposta do mercado às entrevistas do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, no programa Roda Viva, e do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em uma rádio em Salvador, foi restrita. Os investidores estão na expectativa pelos dados da arrecadação federal de dezembro, programados para serem divulgados às 10h30.

Haddad declarou que a eventual revisão da meta de déficit zero fixada para 2024 não foi debatida recentemente com o presidente Lula. No entanto, ele ressaltou que houve uma redução nas propostas apresentadas pelo governo ao Congresso. No que diz respeito à receita, o ministro reafirmou seu respaldo à revisão gradual da desoneração da folha de pagamentos e expressou a expectativa de que uma decisão seja tomada até a próxima semana.

Conforme mencionado por Haddad, os presidentes da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), não demonstram objeções em dialogar sobre a reoneração. Ele acalmou os ânimos no mercado, que reagiu com inquietação ontem devido aos receios de que a discussão sobre a desoneração antecipe a decisão de revisar a meta fiscal. Haddad garantiu que não há receio de complicações na tramitação da agenda econômica no Congresso em 2024 e reafirmou a importância de cautela com os benefícios fiscais, enfatizando a necessidade de limites de prazo e contrapartidas estabelecidos por lei. Ele sublinhou que não houve um aumento na carga tributária, sem a criação de impostos ou o aumento de alíquotas.

No que diz respeito à pauta de redução de despesas, Haddad advogou pelo início das conversas abordando os custos “pelo andar de cima”. Em relação ao Programa Emergencial de Retomada do Setor de Eventos (Perse), o ministro indicou que surgiram divergências quanto ao limite total do programa em 2022, explicando que foi discutido um teto de R$ 20 bilhões. Por outro lado, o presidente da Câmara, Arthur Lira, contestou essa afirmação, afirmando que o acordo estabelecido foi de R$ 25 bilhões.

Na entrevista concedida à Rádio Metrópole, o ex-presidente Lula elogiou a receptividade do Congresso em relação às iniciativas do governo, enfatizando que as negociações estão avançando, atingindo entre 60% e 70% do resultado desejado, embora não tenham alcançado a totalidade.

Na terceira semana de janeiro, o Índice de Preços ao Consumidor – Semanal (IPC-S) apresentou uma elevação de 0,49% para 0,59%. Com esse desempenho, o índice acumula um aumento de 3,33% nos últimos 12 meses, comparado aos 3,23% registrados na análise anterior.

Às 9h36, a taxa de câmbio do dólar à vista apresentava uma redução de 0,11%, sendo negociado a R$ 4,9820. O dólar com vencimento para fevereiro registrava uma queda de 0,17%, com cotação de R$ 4,9870. Em Nova York, a taxa de retorno da T-note de 2 anos permanecia estável em 4,406%, o rendimento da T-note de 10 anos aumentava para 4,130%, em comparação com os 4,105% anteriores, e a taxa do T-bond de 30 anos avançava para 4,355%, em comparação com os 4,324% anteriores.

Fonte Utiliziada

infomoney

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